1873.
JUICIO DEL AÑO
—Abre el a ñ o el dios Mercurio,
le cierra el m i s m o señor,
que o s t e n t a bolsa en la m a n o ,
y alas en t e s t a y t a l ó n.
¿Quién n o a g u a r d a m i l riquezas?
¿quién no a n u n c i a bien precoz?
¿quién no espera ciencia s u m a
de u n cerebro volador?
¿Y de q u i é n , q u e e m p u ñ a un cetro
en que brilla doble don
de a c t i v i d a d y p r u d e n c i a ,
no se p r o m e t e favor?
Y en fin ¿quién, q u e á l a d e s n u d a
v e r d a d rinda adoración,
no se m u e s t r a , si preside
el d e s n u d o r e n d i d o r ? —
E s a s frases al espacio
l l e g a r o n de alegre voz,
y el E S P I R I T I S M O a m a n t e
con éstas le respondió;
EL ESPIRITISMO
Mensajero Soy del Cielo
q u e en el v a l l e de aflicción
Me p r e s e n t o á l o s m o r t a l e s
como CRISTO a p a r e c i ó .
F u i c u a l É l , escarnecido;
c u a l É l , recibí b a l d ó n;
v á t o d o s t i e n d o m i s brazos
con paciencia y con a m o r.
Mi vestido otros vistieron;
sufro e s p i n a s s i n r a z ó n,
y d e Soles Me c i r c u n d o
q u e obedecen á o t r o S O L.
A l Loco del Evangelio
l a T i e r r a divinizó.
y en Mí se u n i r á n los h o m b r e s
al Divino R e d e n t o r.
Sin llamarme, v i n e al M u n d o;
y al b u s c a r m e m u c h o s h o y,
decir debe el Mensajero
Quién es y ha sido, y qué sois.
Soy de Dios l a L u z b r i l l a n t e ,
q u e el m o r t a l d e s m e r e c i ó
p o r s u s vicios y p a s i o n e s
c u á n d o dióle l u c h a Dios:
Soy la L u z e n t r e t i n i e b l a s ,
la V e r d a d e n t r e el e r r o r ,
p o r q u e el h o m b r e a p r e n d a á hallarme
